21.11.12
20.10.12
16.10.12
Prokaryotes
6.9.12
Lonerism
12.7.12
thesoundofsilence
5.6.12
I am not myself
20.5.12
The invention of ice-cream
12.2.12
I have a thirst for you, an emptiness I can’t seem to fulfill. Since we parted, since we agreed on our terms, I’ve been searching for you and avoiding you like a ride in a rollercoaster, but lately it seems I’m going steady, near the ground, and I just wanted to raise my arms and reach you, in any way, to feel a bit higher. I just wish you could pick me up, for a little while. Where are you? How are you? I miss your face, your sad eyes contrasting with your bright smile. I miss the rough lines of your cheekbones and the kind texture of your hair. I miss your hands, on my hands, on my body, on me. I’m eager, I’m starving. There’s nothing here. All this stuff around me means nothing. I need your light. I’m stuck in the emptiness of things. I want something. And you were my everything.
25.1.12
22.1.12

18.1.12
13.1.12
suicide note
é sexta feira, dia treze
e entre superstições que não são minhas
(porque hoje estou vazia)
vou acabar o que começaste
gritar sem voz, o desgaste
porque foi como me deixaste
um lixo, um traste,
um saco vazio no vento,
que sem ele não tem sustento,
ao menos não me mataste.
Ao menos não me mataste?
pois mais valia tê-lo feito
do que todo o sonho desfeito
aquele onde me afogaste,
rapidamente, me entrelaçaste,
mais rápido me acordaste.
Mas por que me acordaste?
se eu estava tão bem sonhando,
ser outra que não eu,
alguém feliz, que tudo deu
o que tinha e o que imaginava
sem saber que o sonho se acabava.
E dormindo, sonhando,
seguraste-me pelos ombros e me abanaste,
com todas as forças me arrancaste,
da ilusão que se desvanecia,
do muro que caía,
de verdes pedras, ainda tão poucas,
que duas pessoas loucas,
um dia julgaram ser capazes de erguer.
Mas nem com a tua voz o fizeste,
com estranha calma e ponderação,
aquele timbre que sempre me segurou a mão,
deixava-me agora ao silêncio da minha escuridão.
Não, não ia deixar cair a máscara,
Aliás só os ratos sentem,
só os ratos têm medo,
só os ratos choram - foi o que me ensinaste;
e mantive uma serenidade que me tiraste.
Sequei as lágrimas que não me permitiste,
Pus o sorriso que pediste,
Máquina de acções, andar comer sorrir,
até ser hora de o comboio partir.
Mas as três horas que se seguiram,
nada mais me permitiram,
que adormecer os sentimentos,
refugiar em livros, filmes e entretenimentos,
Ansiando pelo regresso a casa,
Tentando não pensar em mais nada.
E foi aí que caí.
Num grito mudo, numa lágrima seca, num soco imóvel,
E afoguei-me entre as drogas dos comuns mortais
Sendo nada mais do que as demais - afinal eu era um rato.
Mas era realmente em mim
que me ia afogando
numa escuridão sem fim
no vazio que deixaste,
não voltaste, nem reparaste,
tu nem sequer tentaste!
e nesse silêncio escuro e vazio,
onde só queria deixar de nadar e adormecer.
Deixar.
Apagar por fim, o pavio
Para me deixar arder.
Mas não hoje. Hoje é dia treze
coincidências, esperanças, destinos,
e entre tanto azar e sorte,
vou deixar de brincar aos casinos.
Hoje eu controlo a minha morte.